Ser Cuiabano é um prazer
Que se come no Pacu Assado com recheio de Farofa de Couve
E que se delicia na Mojica de Pintado com Farofa de Banana.
Ser Cuiabano é um prazer,
Que se farta na Maria Isabel com Paçoca de Pilão e Feijão Empamonado
E que se rende à gula no Ensopadão quentinho.
Ser Cuiabano é um prazer
Que se experimenta no famoso Doce de Caju
E que se espanta no – só nosso – Furrundú.
Ser Cuiabano é um prazer
Que se saboreia na Manga perpitola colhida no quintal de casa
E que se bebe no Licor de Pequi degustado pós refeição.
Ser Cuiabano é um prazer
Que se sente no ranger da Rede Cuiabana, balançando na varanda,
E que se ouve no som do pau-de-guaraná-ralando-na-glosa, de manhãzinha.
Ser Cuiabano é um prazer
Que se dança no animado arrasta-pé do Rasqueado
E que se embala ao som do Siriri e do Cururu nas festas ribeirinhas.
Ser Cuiabano é um prazer
Que se inicia com a vida que o rio entrega à cidade-mãe
E que se perpetua na água que mata a sede da cidade-filha.
Ser Cuiabano é um prazer
Que se expressa na beleza desse céu sempre azul
E que se explica no calor humano dessa cidade quente.
Ser Cuiabano é um prazer
Que se revela na alma alegre de nossa gente.
Ser Cuiabano é um prazer…
Que se sente… Que se sente.
Maurides Celso Leite (um homem abençoado que carrega na alma os sabores da terra e que, por isso, desfruta do inigualável PRAZER DE SER CUIABANO).